Praia do Simão ou Brava do Frade,
mistério à beira do Oceano

 

Em meio a terras quilombolas está a praia do Simão, também conhecida como Brava do Frade. Logo após a famosa praia do Saco das Bananas, uma das mais belas trilhas que o município possui devido ao valor histórico-cultural e a rica diversidade da Mata Atlântica misturada a fazendas que surgem durante a caminhada.
A praia do Simão tem um ar esotérico tudo parece estar numa dimensão paralela. Em frente, está a imensa Ilhabela, que, em um truque de ótica, parece estar tão próxima que um bom nadador poderia alcançá-la, porém, na verdade, ela está a aproximadamente umas seis horas de distância se fôssemos com uma embarcação tipo escuna. Outro truque ótico é o canto direito da praia, que está sempre com uma cortina de névoa constante, dando-lhe ar um tanto misterioso. Quando nos aproximamos, podemos observar e apreciar uma muralha que em dias de chuvas fortes forma uma cachoeira que termina nas areias da praia; porém, em dias ensolarados permanece com um pequeno fluxo de água potável, na qual os visitantes se banham e pássaros de espécies diferentes como, por exemplo, os beija-flores vêm matar sua sede mesmo com a presença de humanos. A muralha é toda ornamentada por plantas exóticas; uma delas é a bromélia Pitcranea Flamea, encontrada só aqui e na África, assim como os paredões de granito verde. 
Quando estamos nos banhando nas doces águas cristalinas que percorrem o paredão, temos uma vista um tanto intrigante: bem em frente está um amontoado de pedras gigantes parecendo ser um monumento estrategicamente colocado, pois as pessoas que se dizem sensitivas conseguem sentir toda a vibração que ele transmite.
Coincidentemente posicionado defronte a ponta da Ilhabela, costuma descontrolar as bússolas de embarcações devido ao magnetismo do local.
A praia também leva o nome de praia Brava do Frade, o que não é por acaso, pois os surfistas mais aventureiros desembarcam lá para pegar as ondas que se formam distantes da praia, chegando muitas vezes a acamparem para aproveitar todo o final de semana.
O passeio pode ser realizado através de embarcações particulares como, por exemplo, a do pescador Admilson, o conhecido Nenê, que conhece toda a região. Sua saída é da praia da Maranduba e a reserva pode ser feita através do fone (012) 449-8646. 
Outra opção é iniciar a trilha no Quilombo de Caçandoca, que tem a duração aproximada de três horas. O ideal é contratar um guia quilombola, que além de contar toda a rica história do local vai lhe trazer um grande conhecimento de Mata Atlântica e sua medicina. Para chegar a Caçandoca é muito fácil. No km 78 do bairro da Maranduba, região sul do município, logo após a curva, no sentido Ubatuba/Caraguatatuba, está um ponto de ônibus onde há uma entrada à esquerda que levará, após três quilômetros, às terras quilombolas. 
Viver é conhecer, aprender e divertir-se. Isto é a única herança que levamos conosco por toda a eternidade!

Praia numero 06