Praça Exaltação à Santa Cruz,
elo entre o passado e o futuro...

 


Quem mora em Ubatuba tem muitos motivos para sentir-se privilegiado; um deles é a natureza que reserva uma das mais belas paisagens do planeta. 
A cidade mostra também sua tendência do mundo globalizado: já tem até mesmo a rede mundial do McDonald’s. Mas, o mais importante disso tudo é que o povo não perdeu a essência de cidade pequena conservando ainda hábitos deliciosos que são passados de pai para filho. Imagine quantas gerações não passaram os domingos na Praça Exaltação à Santa Cruz, assistindo uma missa e depois o tão esperado momento pelas crianças: a banda no coreto. Este é o melhor passeio de domingo que os moradores podem fazer... Comer pipoca, comprar um balão de gás, tomar um sorvete aos olhos do luar... As crianças correndo ao redor do coreto ao som delicioso da talentosa Lira Padre José de Anchieta, que hoje mais parece uma orquestra, que toca todos o ritmos musicais. A história se repete geração após geração e assim continuamos fazendo nossa história. Sentar na praça e imaginar quando aquelas palmeiras imperiais foram plantadas e quantas estórias elas presenciaram. A importância do obelisco plantado bem ao centro da praça. É a partir dele que é medido a distância da cidade em seus 360º. Ele foi inaugurado no aniversário do terceiro centenário de criação da Vila de Ubatuba, em 28 de outubro de 1937, quando aqui era um grande porto cafeeiro. Nesta data, o prefeito era Washington de Oliveira, o querido Filhinho. Anos depois (1971), foi construído o bonito coreto pelo prefeito Basílio M. Cavalheiro Filho. Sem contar a fantástica arquitetura da nossa igreja matriz que traz consigo muitas histórias político-administrativo, pois sua construção iniciou-se em 1780 sendo concluída apenas em 1866. Mesmo assim, ficou sem suas torres até 1890, quando uma delas foi erguida para colocar os sinos e o relógio, que hoje não está mais na matriz. 
A praça Exaltação à Santa Cruz pode ser considerada, sem questionamentos, o nosso elo do passado e presente fazendo-se importante para o futuro da nossa história que construímos todas as vezes que por ela passamos, sentamos e ouvimos a banda tocar... Personagens como o conhecido negro Amaro não estão mais lá (ele era mendigo por opção e todos os domingos vestia-se com plantas ornamentais e brincava com as crianças ao redor do coreto) mas, certamente outros estão substituindo-o fazendo parte das brincadeiras de crianças que a freqüentam hoje e que terão em futuro próximo boas histórias para contar.