Linhas modernas que inovaram a
arquitetura de Ubatuba
O prédio que hoje abriga a Biblioteca Municipal “Ateneu Ubatubense” foi criado para ser a sede do ambiente de trabalho que direcionaria o destino de todo um município: a prefeitura municipal de Ubatuba, que funcionava precariamente no prédio da atual Câmara Municipal. Este, de secular arquitetura, não oferecia condições de um bom atendimento ao público, pois além de prefeitura era também sede da Câmara Municipal, Cartório e no porão abrigava um arquivo semidestruído e o setor de obras. Sem contar que os forros das cadeiras encontravam-se esburacados... etc. “um retrato fiel de uma prefeitura sem recursos, sequer, para organizar um cadastro de cobrança de impostos, que há anos não eram e não poderiam ser revistos, para gáudio de alguns aventureiros que faziam o jogo da valorização, mantendo terrenos baldios no centro da cidade, enfeiando a paisagem urbanística e lesando o físico”. Assim, logo que Francisco Matarazzo Sobrinho, mais conhecido como Ciccillo Matarazzo, assumiu o posto de prefeito tratou imediatamente de reorganizar todos os setores, proporcionando melhores condições de trabalhos aos seus funcionários e principalmente resolvendo os assuntos emergenciais. Um deles foi providenciar a construção do prédio da nova prefeitura. Assim contratou o renomado arquiteto Oswaldo Bratke, um dos edificadores de Brasília, que projetou um prédio modesto, porém funcional e pomposo, conforme o pedido. Sua arquitetura de apenas um único pavimento tem base para suportar futuras ampliações, tanto horizontal como vertical. Originalmente, possuía elementos vazados nas várias janelas (uma das características desse arquiteto), que hoje podem ser encontrados apenas na fachada principal, após as reformas de 2.002. Os elementos vazados eram adotados para manter em equilíbrio a temperatura interna e contribuir com a privacidade no recinto. A nova prefeitura foi inaugurada em 1964 com mobiliário em madeira maciça, que foi trazida de São Paulo. Alguns destes móveis ainda são encontrados na Biblioteca e na sede da Fundart.
Em 1984, no governo do prefeito Pedro Paulo Teixeira Pinto, a prefeitura foi transferida para a antiga Ala, hoje atual prédio da Secretaria da Educação. Logo o espaço passou a ser ocupado pela Biblioteca Pública Municipal, que atua sob responsabilidade da Fundart. Este prédio, situado na Praça 13 de Maio, 52 - centro, não foi tombado e isso significa sérios riscos futuros de nossa história sócio-cultural e turística perder-se no tempo, assim como a sua verdadeira importância arquitetônica sendo que foi um prédio que dinamizou as primeiras linhas modernas do município, sem contar os méritos de ser projetado por um dos arquitetos de maior expressão de nosso país.
Esta matéria só foi possível graças ao setor do MAP (Museu, Arquivo e Patrimônio Histórico), sediado no prédio da biblioteca municipal. Parte do texto foi copilado do livro “O Franciscano Ciccillo” e pesquisa da historiadora Denise Lemes.
O prédio que hoje abriga a Biblioteca Municipal “Ateneu Ubatubense” foi criado para ser a sede do ambiente de trabalho que direcionaria o destino de todo um município: a prefeitura municipal de Ubatuba, que funcionava precariamente no prédio da atual Câmara Municipal. Este, de secular arquitetura, não oferecia condições de um bom atendimento ao público, pois além de prefeitura era também sede da Câmara Municipal, Cartório e no porão abrigava um arquivo semidestruído e o setor de obras. Sem contar que os forros das cadeiras encontravam-se esburacados... etc. “um retrato fiel de uma prefeitura sem recursos, sequer, para organizar um cadastro de cobrança de impostos, que há anos não eram e não poderiam ser revistos, para gáudio de alguns aventureiros que faziam o jogo da valorização, mantendo terrenos baldios no centro da cidade, enfeiando a paisagem urbanística e lesando o físico”. Assim, logo que Francisco Matarazzo Sobrinho, mais conhecido como Ciccillo Matarazzo, assumiu o posto de prefeito tratou imediatamente de reorganizar todos os setores, proporcionando melhores condições de trabalhos aos seus funcionários e principalmente resolvendo os assuntos emergenciais. Um deles foi providenciar a construção do prédio da nova prefeitura. Assim contratou o renomado arquiteto Oswaldo Bratke, um dos edificadores de Brasília, que projetou um prédio modesto, porém funcional e pomposo, conforme o pedido. Sua arquitetura de apenas um único pavimento tem base para suportar futuras ampliações, tanto horizontal como vertical. Originalmente, possuía elementos vazados nas várias janelas (uma das características desse arquiteto), que hoje podem ser encontrados apenas na fachada principal, após as reformas de 2.002. Os elementos vazados eram adotados para manter em equilíbrio a temperatura interna e contribuir com a privacidade no recinto. 
A nova prefeitura foi inaugurada em 1964 com mobiliário em madeira maciça, que foi trazida de São Paulo. Alguns destes móveis ainda são encontrados na Biblioteca e na sede da Fundart.