  
Saco da Ribeira, ponto de partida para aventuras
Ano de mil novecentos e... Naquela época, quem falecia na região sul era enterrado no centro da cidade. Os corpos eram
carregados por dois homens em uma rede alugada. Para descansar, paravam na praia do Saco da Ribeira, onde haviam duas pitangueiras perfeitas
para repousar a rede com o corpo, enquanto isso, os carregadores tomavam uma pinguinha no bar do “seu” Zeca e prosseguiam com o cortejo.
O armazém “Casa Seu João”, levava o nome do conhecido político e respeitado sogro, João Glorioso. Seu Zeca nos conta que antes,
mercadorias como: banha, arroz, feijão e outros alimentos chegavam embaladas em sacas, por isso, eram vendidos por quilo. As mulheres compravam
e marcavam as despesas em cadernetas, e somente quando a lua trazia seus homens de volta do trabalho no mar, elas acertavam a conta. Naquele
tempo palavra e caderneta eram a única – e respeitável – garantia do homem!
O tempo passa e seu Zeca, com seus 79 anos, continua com seu bar-armazém procurando alcançar a modernidade do lugar...
E quem diria? A praia lodosa, onde se enchiam baldes de tarioba – família dos mariscos – e se caçavam siris, desapareceu, e com ela as
história de fantasmas que parecem ter fugido das luzes da modernidade. 
Geograficamente, o saco que a dá contorno à Ribeira proporciona um abrigo natural para as embarcações de pequeno, médio e grande porte.
Sendo assim, o município durante muito tempo viveu basicamente da pesca e usufruiu do local sem nenhuma infra-estrutura.Até que há uns vinte
anos atrás, o então governador Paulo Egídio, que possuía residência na praia do Flamengo, percebeu a importância de se construir um píer
público onde seriam atendidas as necessidades dos barcos pesqueiros da região, incentivando o turismo e dando maior segurança às embarcações
de recreio.
Administrado pela extinta Sudelpa (Superintendência de Desenvolvimento do Litoral Paulista) o Píer do Saco da Ribeira, hoje sob a administração
da Fundação Florestal, órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente foi um marco representativo no turismo náutico do município.
Hoje, com quatro importantes marinas, três garagens náuticas e agências de turismo, o Saco da Ribeira transformou-se em um grande pólo
empregatício onde um incalculável número de famílias é beneficiado direta e indiretamente já que operam no local, fundamentalmente em função
das atividades náuticas, várias oficinas mecânicas, elétricas, eletrônicas, de tapeçaria, marcenaria, pintura, especializadas em fibras de
vidro, em reparo de infláveis,com profissionais como torneiros mecânicos, fabricantes de carretas, especializados em estaleiros para construção
e reforma de barcos pesqueiros, fábricas e comércios de gelo, pescados, postos de abastecimento, supermercados, padaria, bares, restaurantes,
farmácias, pousadas, comércio de artigos náuticos, serviços de transporte marítimo, marinheiros autônomos, agentes de compra e venda de
embarcações, bases de mergulho e tantas outras.
O Saco da Ribeira destaca-se ainda por sua bela paisagem e por ser um grande ponto para grandes aventuras!
Ao lado direito inicia-se uma agradável Trilha, com duração de 1h30, que leva até a paradisíaca praia de Sete Fontes, passando pelas praias
da Ribeira e Flamengo. E por que não entrar nas águas deste cartão postal e desfrutar de pescarias, conhecer ilhas e praias desertas que,
normalmente, chega-se só por Trilhas. Para embarcar nesta, basta alugar um barco no próprio Píer ou procurar as agências de turismo, onde
também são oferecidos passeios programados.
 
A praia da ribeira é um dos melhores atracadores do Brasil, maior numero de marinas da cidade
 
Um dos pontos mais fotografados do município

Píer do Saco da Ribeira

Vista da estrada SP 55
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