Praia das Palmas, encanto de uma ilha

Unificadas na lembrança de um passado, separadas por um vestígio de evolução. A praia, que recepciona os visitantes da Ilha Anchieta, foi separada pela construção de um cais para maior conforto no desembarque dos passageiros. Sendo assim, a praia que fica ao lado direito da Ilha ficou denominada praia do Presídio e a do lado esquerdo do cais, praia do Sapateiro.
A Ilha, que até o início do século XIX foi habitada por índios, era chamada de Terra de Cunham-bebe. Posteriormente, passou a chamar-se Ilha dos Porcos e, em 1934, em homenagem ao centenário do nascimento do Padre José de Anchieta tornou-se a popular Ilha Anchieta.
Em 1904, a Ilha dos Porcos sediou a Colônia Correcional, que se transformou em presídio político entre 1931 e 1933. Futuramente, em 1950, incorporou a Base Naval Inglesa destinada à caça de navios negreiros que vinham da África. Logo, o presídio passou a encarcerar presos de alta periculosidade, que rebelaram-se em 20 de junho de 1952, deixando marcas de fúria e vingança na bela ilha.
Hoje, a ilha, que possui 828 hectares, passou fazer parte da Reserva Nacional de Parques Estaduais, explorando conscientemente o turismo ecológico e histórico. Há menos de um ano, foi recuperada a capela, onde eram rezados as missas e realizados os casamentos. A entrada principal do Presídio também foi recuperado e cobrado R$ 2,00 a entrada por visitante, que são acompanhados por monitores. À beira-mar, encontram-se um restaurante, hospedaria e sede da Polícia Florestal e Guarda-parque; sede do projeto Tamar, com tanques com tartarugas em exposição; a Capela e casa do administrador do parque. Todos os dias partem da costa nas praias do Itaguá, Enseada e Saco da Ribeira, passeios de escunas com roteiros de quatro horas destinados a Ilha Anchieta. Os passageiros encantam-se com a surpreendente paisagem que compõe nosso município. Cercada por uma baía segura, os turistas deliciam-se na rota tranqüila que os destinam aos encantos da ilha. É importante entregar-se de corpo e alma a este inesquecível passeio. Lá, os seus olhos poderão ter oportunidades únicas de, além de encontrarem a parte mais rica de nossa história, serem recepcionados por saguis, lagartos, pacas, cutias, macacos e até capivaras, que normalmente tomam conta da ilha ao anoitecer. Passar um dia na ilha poderá ser muito mais que um passeio agradável, poderá ser um momento de grandes descobertas. Descobertas de nossas raízes, descobertas de respostas às perguntas interiores, quando relaxamos e refletimos ao olharmos o movimento da costa.