Mistérios rondam a
cachoeira do Pé da Serra

Tão necessária quanto o leite materno para nós,mamíferos ,
o mais puro dos alimentos perfura a mãe-terra e desabrocha por entre rochas,
deslizando insinuantemente por entre a Mata Atlântica. Vem tomando força e
criando poços da mais pura criação divina: incolor, sem cheiro, transparente
e potável, toma conta do planeta e inacreditavelmente é oferecida e vital para
todos os seres vivos. Assim como tantas outras, é formada a cachoeira do Pé-da-Serra.
A 8 km do trevo de Taubaté, ela é formada por dois conhecidos poços. O lado
de cima, por entre bromélias e diferentes espécies de orquídeas, um poço de
aproximadamente 2m de profundidade
de águas cristalinas. Do lado de baixo, também
circundada por uma longa escadaria está a piscina natural de 5m de largura por
1,5m de profundidade. Nos meses de chuvas fortes costuma haver assoreamento, que
naturalmente é revertido. O som das águas que rolam sobre as rochas fundem-se
com os cantos de tiés-sangue e sábias.
A cachoeira é freqüentada por turistas que passam para se refrescar ou comprar
bananas da barraquinha do poço de baixo; por macacos que vivem pelas redondezas
e que zelam pelo patrimônio presenteado pela mãe-terra; por curiosos, movidos
pelo desejo de desvendar os mistérios horripilantes que rondam as proximidades
da cachoeira.
Relatos de alguns policiais que ficam de plantão no posto da Polícia Militar
do pé-da-serra afirmam que quase todas as temporadas, algumas pessoas afirmam
ter presenciado o acidente de uma Brasília bege lotada por familiares que segue
à sua frente e que, de repente, desgoverna-se como se tivesse perdido o freio e
despenca ribanceira abaixo. O relato é sempre o mesmo, feito por diferentes
passageiros que passam pelo posto de guarda. O fato é que estes vão executar o
socorro
e não há nenhum vestígio no local. Isso vem acontecendo no decorrer
de alguns anos. Dizem também que há uns três anos, mais ou menos, foi feito
boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Ubatuba por um passageiro
que, num dia chuvoso, próximo da cachoeira, avistou um cachorro que arrastava o
pedaço de uma mão humana, da qual nunca encontraram o corpo.
Também é freqüentada por espíritas que todas as quartas e sextas-feiras
fazem suas oferendas às entidades que habitam a cachoeira.
Assim é a cachoeira do Pé-da-Serra, vaidosa, misteriosa e mística. Vale a
pena conferir

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